NA LUPA: Evasão escolar também pode matar
Por Fred Lima
A cada 10 moradores vacináveis do DF, 9 já se imunizaram contra o coronavírus, de acordo com a Secretaria de Saúde. Com isso, a Secretaria de Educação resolveu retornar as aulas presenciais na rede pública de ensino nesta quarta-feira (3), respeitando todas as normas de segurança. Entretanto, mais uma vez, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro/DF) decidiu chiar.
A entidade passa a impressão de que as aulas só devem retornar após os cangurus da Austrália receberem a vacina. Não faz o menor sentido tamanho preciosismo. Os docentes filiados ao sindicato, que concordam com a paralisação proposta, deveriam compreender que a evasão escolar dos alunos já causou muitos estragos. Não é só a covid-19 que pode levar a óbito.
Na visão do então secretário de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso, Marco Marrafon, a evasão escolar mata. “É preciso deixar claro que a evasão escolar mata. Na primeira via, mata-se uma biografia, ou seja, um médico, engenheiro ou qualquer outro profissional. Na segunda forma, mais dolorosa, é quando o jovem sai da escola e cai na criminalidade, tendo, provavelmente, uma vida mais curta”, observou.
Antes da chegada das vacinas, não tinha como ter aula presencial devido o elevado número de infectados. Todavia, com quase 90% da população acima de 12 anos imunizada com pelo menos uma dose da vacina, não existe mais argumento plausível para defender apenas o ensino remoto.
O Sinpro/DF deveria deixar de ser porta-voz da oposição esquerdopata na área educacional, que defende o quanto pior, melhor.
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