Só de não ter aceitado indicações políticas no primeiro escalão, Bolsonaro deixará um grande legado ao país contra o fisiologismo
Foto: Reprodução
Por Fred Lima
Matéria do Correio Braziliense publicada nesta quarta-feira (6) diz que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se vê diante da realidade de ter que atender a indicações de parlamentares para fazer avançar a agenda no Congresso. De acordo com a publicação, a fome dos partidos aliados é grande.
Por mais que o chefe da nação tenha boas intenções, ferir de morte um fisiologismo enraizado na cultura do país não ocorrerá apenas em quatro anos. Desde a redemocratização, os governos que ocuparam o Planalto fizeram pacto com Deus e o diabo para governar o Brasil. Com isso, a classe política ficou mal acostumada e não admite adotar a nova política em seu vocabulário.
Só que as coisas vêm mudando no campo da ética desde o dia 01 de janeiro, algo que não se viu nos últimos sete governos que antecederam o atual. Os ministros não foram indicados por partidos políticos e fazem parte da cota pessoal do presidente. Ou seja, os cargos mais cobiçados da Esplanada não são frutos da politicagem de outrora.
Quebrar o sistema não é tarefa fácil, principalmente quando reformas precisam ser aprovadas no parlamento. Nesse caso, uma agenda anti fisiologismo vai na contramão da urgência do momento, onde o aparelhamento partidário barganha e achaca para votar a favor do Executivo.
Se os próximos dois presidentes que sucederem Jair Bolsonaro darem prosseguimento à nova política implementada há dois meses, o toma lá dá cá estará com os dias contados.
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