Na CLDF, Robério acabou escapando da cassação. Ou: Quando a camaradagem é mais importante que a lisura pública
Foto: Reprodução
Desde o início de sua fundação em 1990, a Câmara Legislativa do DF cassou o mandato de apenas três deputados distritais: Carlos Xavier, Eurides Brito e Raad Massouh. O último foi cassado mais pelo comportamento ríspido que manteve com alguns colegas, não pela decisão intempestiva da Casa na época. Não é à toa que o ex-distrital foi inocentado pela Justiça da acusação de ter se beneficiado de uma emenda de sua autoria para um evento cultural em Sobradinho.
Na Caixa de Pandora, Eurides virou bode expiatório por causa das gravações feitas por Durval Barbosa, enquanto outros dez distritais renunciaram para escapar da cassação. Já na Drácon, nenhum deputado perdeu o mandato.
Nesta terça-feira (18), foi a vez de Robério Negreiros (PSD) escapar da cassação por assinar folhas de ponto de sessões plenárias mesmo estando fora do país. A Mesa Diretora justificou que o parlamentar não pode ser punido duas vezes, já que teve o ponto cortado. Se o pessedista não ocupasse a Segunda Secretaria, nem tivesse bom trânsito entre os colegas de plenário, sua cassação poderia ocorrer, como aconteceu com Raad.
Apesar do pedido ter sido arquivado, Robério ainda é alvo de investigação do Ministério Público de Contas do DF (MPC-DF) e da Polícia Civil.
Por enquanto, a camaradagem falou mais alto na CLDF e o segundo secretário respira aliviado. Mas e amanhã?
Com a palavra, o MPC-DF e a PCDF.
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