Eu já fritei hambúrguer
Foto: Reprodução
Por Carlos Augusto Pinto
O filho do presidente Jair Messias Bolsonaro é uma figura. Eduardo Bolsonaro é deputado federal pelo PSL de São Paulo, já morou nos Estados Unidos, é amigo dos filhos de Donald Trump e já fritou hambúrgueres para ganhar a vida perto da fronteira com o Canadá.
Seu nome ganhou dimensão política nas últimas horas quando o pai ventilou a possibilidade dele ser indicado como o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Eduardo domina bem o inglês e espanhol, mas o pai parece não ter aprendido a máxima: “Abrindo os olhos se aprende mais do que abrindo a boca”.
Heródoto foi proclamado o pai da História entre 425-485 A.C por ter desenvolvido os meios pelos quais nós, do mundo ocidental, podemos avaliar a História e seus momentos mais importantes.
Encerrado o primeiro turno da reforma da Previdência percebe-se claramente que o deputado Rodrigo Maia, eleito pelo DEM do Rio de Janeiro, de bobo não tem nada ou não teria sido eleito, pela terceira vez consecutiva, presidente da Câmara dos Deputados. Chama o governo de desorganizado politicamente e, de fato, foi ele quem organizou todo o lado Legislativo, e se impôs como chefe de Poder. Do contrário, a Nova Previdência teria ido para a “casa do chapéu”.
O filho do presidente da República é escrivão da Polícia Federal e foi lançado na política pelo pai, democraticamente eleito e repleto de boas intenções.
Rodrigo Maia é filho de Cesar Maia, ex-deputado federal e ex-prefeito do Rio, um economista respeitado no meio acadêmico com várias passagens pelo Congresso.
Jair Bolsonaro, de fato, vem mudando a forma de fazer política no país sem abrir milímetros que permitam qualquer gesto de corrupção. Maravilha. Mas, administrativamente, o seu governo é uma fábrica de crises.
Enquanto Maia é o vitorioso no Legislativo e tem o que falar até pelos cotovelos, Bolsonaro teve o nome evitado no discurso da vitória no plenário. Mas isso não quer dizer que Rodrigo dar-lhe-á as costas a partir de agora. Ainda não tem envergadura para isso.
O presidente da República precisa entender que ABRINDO OS OLHOS SE APREENDE MAIS DO QUE ABRINDO A BOCA.
COLUNISTA
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