Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição/Divulgação/A Gazeta

Família Bolsonaro é investigada por esquemas de “rachadinhas”

Por Gabriela Gallo

Nesta segunda-feira (15) a Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu ao pedido do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sobre o caso do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e pediu para encaminha-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF). O vice-presidente do STJ, Jorge Mussi, irá analisar o recurso e decidir se o caso deve ser encaminhado ao STF ou não. O filho mais velho do presidente é investigado por esquema de “Rachadinha” (ou desvio de salário de acessor) de R$ 6,1 milhões quando era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Além dele, segundo reportagem do UOL, quebras de sigilo fiscal e bancário mostram que o pai do clã, Jair Bolsonaro (sem partido), e Carlos Bolsonaro (Republicanos) também são suspeitos da pratica de “rachadinha”.

Em 23 de fevereiro deste ano o STJ decidiu anular a quebra de sigilo de Flávio. O senador também é acusado por lavagem de dinheiro, especulato e organização criminosa após a compra de uma mansão de R$ 6 milhões no Lago Sul. O relator do caso, ministro João Otávio de Noronha, concordou com a defesa do réu e julgou a decisão como equivocada. Segundo o Estadão, Noronha elaborou um voto que constrói uma saída jurídica para beneficiar Flávio; caso o STJ concorde com a defesa e anule decisões e elementos centrais para o início das apurações, os advogados do réu podem questionar os desdobramentos da investigação.

Rachadinhas

Segundo a reportagem, Bolsonaro empregou a ex-cunhada, Andrea Siqueira Valle em seu gabinete e após 1 ano e 2 meses trabalhando lá, ela teria entregado todo o dinheiro a ex-mulher do mandatário, Ana Cristina Siqueira Valle. Além disso, 4 funcionários de Bolsonaro sacaram 72% de seus salários em dinheiro vivo e 4 funcionário de Carlos sacaram 87% de seus salários. Isso são praticas comuns no crime já que o funcionário tem de devolver o dinheiro ao parlamentar. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ainda apura a existência de “empregados fantasmas”.

Ele [o juiz Flávio Itabaiana] afasta o sigilo de 95 pessoas, cada investigado tem uma situação, numa decisão de duas linhas. Em verdade, o magistrado não se deu ao trabalho de adotar de forma expressa as razões do pedido do Parquet [Ministério Público], apenas analisou os argumentos, concluindo que a medida era importante. Apenas isso. A decisão é manifestamente nula

João Otávio de Noronha, ministro do STJ

Da Redação

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